Anemia Falciforme

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Uma provável mutação genética ocorrida na África há milhões de anos pode ser a causa desse tipo de anemia que atinge mais a população negra numa proporção de 400 por 1. A doença é hereditária e provoca alterações nos glóbulos vermelhos (ou hemácias) que assumem a forma de foice (ver ilustração). Daí o nome falciforme. Essas hemácias defeituosas se agregam, podendo obstruir a artéria, dificultando a circulação do sangue.

Casos na família A diminuição do fluxo sanguíneo pode causar dores nas juntas e ainda lesões em alguns órgãos, como rins e baço. Exames de sangue permitem determinar se há perigo quando existe algum caso de anemia falciforme na família. É necessário que o casal procure um especialista em genética, para avaliar possíveis riscos. No segundo trimestre de gestação, a falciforme pode ser diagnosticada por amniocentese, que é a análise do líquido amniótico.

Para que a doença se manifeste, é preciso que o filho tenha herdado um gene desse mal de cada um dos pais. Quando adquiri apenas o gene do pai ou o da mãe, torna-se portador do “traço falciforme”, isto é, não apresenta sinais da anemia, mas pode transmiti-la aos filhos (ver ilustração). Cerca de um em cada oito afro-brasileiros tem o que é chamado de traço falcêmico e pode levar vida normal. Como os sintomas às vezes são confundidos com os de outras moléstias (cansaço, fraqueza, astenia, crises de dores nas articulações, palpitação, taquicardia), o ideal é saber o diagnóstico o quanto antes para fazer o tratamento correto. Os sintomas podem durar de três a cinco dias, mas uma pequena porcentagem de pacientes tem episódios freqüentes, extremamente dolorosos, exigindo hospitalização, enquanto outros passam longos períodos sem dor.

A maioria das crianças falcêmicas apresenta um atraso no desenvolvimento físico e sexual. O retardo no crescimento torna-se aparente na primeira década de vida. Geralmente, mais tarde, a altura é recuperada. Para que o paciente tenha melhor qualidade de vida, deve seguir um rigoroso acompanhamento médico, evitar o desgaste emocional e tomar muito líquido.

Tratamentos disponíveis Ainda não existem medicamentos que cuidem definitivamente desse tipo de anemia. Os tratamentos disponíveis, hoje, têm como objetivo melhorar a qualidade de vida do paciente, prevenindo contra as complicações, e diminuir as lesões dos órgãos-alvo da doença. A raça negra não é a única a apresentar problemas genéticos ligados ao sangue. Outro tipo de anemia, a talassemia, por exemplo, só atinge brancos da região do Mediterrâneo.

Os estudos sobre anemia falciforme no Brasil são raros e o quesito cor costuma não fazer parte dos prontuários médicos. Uma bandeira constante de todos os movimentos negros do País é pela obrigatoriedade desse exame no nascimento do bebê, só assim poderemos combater esse mal.

Genética http://banto.hipatia.info/wiki/images/img4a_01_76.jpg


Por Sônia Nascimento - retirado sitio Revista Raça - online

Lugares para Consultas de Conteudos

CARTILHA DE ANEMIA FALCIFORME
http://www.scinfo.org/Brazilppt/BrazilPatientInfo.htm
CONDUTAS NO PACIENTE COM ANEMIA FALCIFORME 
http://www.hemonline.com.br/a_falc.htm
Estudo abre perspectivas para tratamento da anemia falciforme
http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/marco2004/ju243pag03.html
http://www.hemonline.com.br/falciforme.htm
http://www.anvisa.gov.br/busca/busca.asp?palavrachave=anemia
http://www.ufv.br/dbg/bio240/DG112.htm
http://www.medicinal.com.br/temas/temas.asp?tema=54

Locais para ajuda e maiores informações

Associação de Falcêmicos e Talassêmicos do Rio de Janeiro
AFARJ Endereço: Rua Frei Caneca, nº 8 / sala 802 -
Centro - Rio de Janeiro Telefone: 2242-6080
ramal 2246 
Associação Pró-Falcêmicos
Rua da Consolação, 21 - 2º andar - conj. 21
São Paulo-SP – CEP 01300-000
telefone: (11) 3257-6932.  
Informações: Hemocentro da Unicamp. 
Tels.: (19) 3788-8700 e 3788-8701. 
Fax (19) 3289-351.