Mudanças entre as edições de "EMeaGwali.lab"
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Edição das 21h14min de 26 de abril de 2010
// Apresentação - O tocar
A idéia do projeto ./eMeaGwali.lab é criar um espaço para pesquisa na área da tecnologia + multimeios + software livre + cultura digital, onde os valores de matrizes africanas são estruturais no seu desenvolvimento. Essa pesquisa é o exercício do fazer tecnológico a partir de provações afro-centradas, ao mesmo tempo que buscam-se folksonomia para o africano latente, para o imaginário recontado e vivo por toda a diáspora. Andar pela internet e também passear pelo bairros, lá e aqui, no sentido dar cheiro e outras cores, conotações, para internet e descobrir a intranet. Nesse sentido a oficina irá dialogar muito com o espaço, não o espaço laboratório, mas a oficina, as ferramentas disponíveis, o seu manuseamento, e o além-sala, os outros espaços da Casa de Cultura, assim como o bairro. Brincar com o analógico, digitalizar o que se tocar, desconectar do que parece não ter sentido sem ele e buscar outras conexões - a intranet x internet – local x global.
// Justificativa
Muitas das comunidades quilombolas tem conquistado telecentros e a necessidade de ampliar o uso deles é enorme, pois esse tem se restringido aos sites de relacionamento e mensagem instantânea. Uma outra necessidade é resolver seus próprios problemas técnicos para a manutenção dos equipamentos ou mesmo reparações, como reinstalação do sistema operacional ou customizações para diversos fins,uma vez que em muitos casos as parcerias não contemplam essas ações. Nesse sentido pensamos num espaço que venha agregar pessoas para trocar experiências.
Entendemos por multimeios a convergência das linguagens de comunicação e informação, e nesse sentido queremos trabalhar a apropriação tecnologias e seu desdobramento com multimeios de forma que tenhamos nossa riqueza imaterial, afro-descendente, registrada.
// Metodologia: o espaço, a documentação e o bando.
A idéia é que o bando tenha 10 pessoas e que as atividades não se limitem ao local onde estarão os computadores, mas sim aos outros espaços da Casa de Cultura Tainã e da comunidade. Isso para que a prática dialogue com várias realidades. A idéia da documentação irá nortear todo o processo e por si só será um produto.
Normalmente as anotações num espaço científico ficam guardadas no mesmo local da pesquisa; não é levado para casa. Por isso, a idéia é que os cadernos fiquem na sala. O caderno é do tipo espiral, sendo possível destacar e pendurar em um varal para exposição. O material exposto estará junto com o mapa-mental das atividades e as anotações do educador em folhas do flip-chart coladas pela paredes.
As anotações do bando tem a idéia de compartilhar a experiência individual para o coletivo e por sua vez a pesquisa, e também, o comentário em cima das anotações do colega, de forma que não se perca a identidade das anotações d@ autora/o (anotação abaixo ou em outro local que não afetará a anotação anterior, talvez de cor de caneta diferente).
A documentação também será feita usando blog, wiki, áudio, vídeo e foto. Alguns textos serão lidos e discutido no grupo e outros textos serão entregues para serem lidos em casa e incentivado que seja lido com a familia ou pessoas próximas - isso para ampliar a discussão, ou em outro espaço e ao retorno às atividades faremos uma discussão ampliada e publicaremos o material.
A problematização é uma metodologia que cabe bem nesse processo.
ficou faltando falar sobre: apreender e/ou aprender e realidade histórica no processo de apreendizado.
// Objetivo Geral
Apropriação tecnológica e desenvolvimento de técnicas e soluções com respeito a territoralidade.
// Objeto Específico
Um grupo para trocar experiências na área de informática e multimeios; contribuir no site do estudiolivre.org;
// Público Alvo
Pessoas que serão multiplicadoras, tanto técnica na manutenção de telecentros como auxílio e instrução em aplicativos.
// Softwares
gimp, inkscape, scribus, audacity, lame, vorbis-tools, imagemagick, easytag, k3b, brasero, kde, gnome, e17, xfce, blackbox, kdm, gdm, xdm, wdm, konqueror, nautilus, file-roler, terminal, konsole, xterm, gnome-terminal, broffice, abiword, kate, gedit, fontes, plugins (java, flash, player multimeios, tidy, webdevelop), codecs (w32codecs), des/compactadores, dvd-rw-tools, samba, cups, xpdf, evince, firefox, opera, epiphany, dhcpd, nfs, aftp, ltsp-utils, audacious.
// Duração
- 30 horas
// Calendário
// Conteúdo Programático
- Ambiente Desktop;
- Tela Preta;
- Instalação de software livre;
- Editor de Texto;
- Edição de Áudio;
- Edição Gráfica;
- Editoração Gráfica;
- Navegação Web;
- Desenvolvimento Web;
- Servidor de Arquivos;
- Servidor de Impressão;
- Servidor Desktop.
Descrição:
- Menu, aplicativos básicos, customizações de interface, gerenciadores de janela;
- pwd, ls, mkdir, cp, mv, top, free, touch, df, du, rm
- OpenSolaris, PC BSD, Haiku, Debian, Ubuntu, Slackware, OpenSuse, Fedora, Arch, Mandriva;
- Formatação, Formatos de Arquivo, estrutura de diretórios / gerenciadores de arquivos;
- Captura, tratamento, finalização;
- Concepções, inserir texto, inserir imagem, formatação, finalização;
- Histórico, Buscadores, wiki e blog;
- HTML e CSS
- Instalando LAMP e CMS
- Samba – Instalação, Configuração e utilização;
- Cups – Instalação local e em rede;
- rede física e lógica + clipagem + ltsp/xdmcp.
// Recursos Materias
- 5 máquinas - 2G de ram / 160GB HD / placa de rede / placa de som / mouse / teclado;
- 3 máquinas – 256M de ram / 8M HD / placa de rede / placa de som / mouse / teclado
- 3 kit multimídia – caixa de som e microfone de computador;
- Switch 8 portas;
- 20 metros de cabo rj45;
- 25 conectores rj45;
- 2 alicates rj45;
- 1 tocador de disco – vinil;
- 1 gravador de áudio analógico;
- 1 maquina fotográfica;
- 1 scanner;
- 5 borracha escolar verde
- 15 lápis escolar;
- 15 cadernos, com pautas e espiral;
- 3 pincel médio;
- 1 impressora colorida;
- 1 resma de folha sulfite a4 – 500 folhas;
- 1 flip chart;
- 4 pinceis de quadro – preto, vermelho, verde, azul;
- 2 kit ferramentas, com 11 peças;
- fita adesiva;
- datashow.
// Espaço
- 6 tomadas - com térreo;
- 6 estabelizadores;
- 2 prateleiras de 3 metro x 50 cm;
- 1 régua/extensão energética, com 4 saída;
- 1 mezanino;
- 2 cadeiras;
- 2 mesas simples;
- 1 lixeira – tamanho médio.
// Apoio didático
Filmes: África e os fractais, Guerreiros da Internet, Ilha das Flores, John Coltrane Kulu se Mama, Seja Criativo (Creative Commons)
Textos:
- O Bill Gates Africano
- Educação na África: A Fuga de Cérebros
- Folksonomia e a maneira com que nós colocamos ordem nas coisas
http://revolucao.etc.br/archives/folksonomia-e-a-maneira-com-que-nos-colocamos-ordem-nas-coisas/
- Sinestesia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sinestesia
- Linguagem Inclusiva
http://estudiolivre.org/tiki-index.php?page=Linguagem+Inclusiva
- Um mundo sem os povos negros
http://wiki.mocambos.net/Um_mundo_sem_os_povos_negros
- Software livre x opensource
- Licenças de uso
Revistas: Carta Capital, Caras, Veja, Caros Amigos, Inimigo de Rei, Raça, Improviso, Le Monde
Lab:LIVRE…
// rascunho
- processo coletivo e colaborativo de pesquisa
garipagem, analise de dados, qualidade da documentação, padrões,
módulos - ruído digitalização de disco, conversão de arquivos, tipos de cabos e dispositivos de entrada e saída, aplicativos, estrutura de diretórios, entrevistas
- terra tirar fotos, publicar na net, nomear, descrição, pesquisa na net
- palavra Frase: Amadou Hampâté Bâ: A escrita não é o saber, a escrita é a fotografia do saber, o saber é algo que está em nós e nos possibilita saber que um Baobá existe mesmo antes de conhece-lo.
Vídeo: - ferreiro:
oficina de redes: configura placa, cripando cabos, hub x switch?, servidor de arquivos, servidor de impressão, bonjour - jabber
O nome do projeto é em homenagem ao Philip Emeagwali, nigeriano nascido num aldeia e na juventude mudou para o Estados Unidos. A idéia e retomar a busca da africanidade na tecnologia através de um modelo afro-centrado de educação para comunicação e TIC
// Philip Emeagwali
Philip Emeagwali, como apresentado em outros lugares poderia ter como sobrenome "distinção". No entanto, inspirando-se em Fela Kuti e nos próprios pensamentos de Emeagwali, como apresentado na Conferência Pan-Africana em 18 de setembro em 2004, no lugar do signo do colonizador usaremos um código africano. Assim, dizemos que ele poderia ter como sobrenome KANTIGI, que em igbo significa uma pessoa fiel.
Afinal, nessa conferência Emeagwali quando lembra da missionária escosesa Mary Slessor, que chegou à Nigéria aos 27 anos de idade, foi para lembrar que essa tinha como objetivo convencer o povo nigeriano que este era tanto de uma raça como de uma cultura inferior. Por isso, a teologia cristã deveria ser aceitada bem como o modo de vida europeu. Desta forma, o que Slessor julgava como selvageria na cultura e no patrimônio nigeriano seria banido.
Essa pretensão européia foi a responsável por renomear Chukwurah por Philip, uma vez que seu nome foi classificado como ateu e por isso, foi substituído. Além disso, Emeagwali passou a ter como protetor o santo católico São Filipe.
Foi essa mesma pretensão que criou a conjuntura para que Ameagwali deixasse o curso colegial e se refigiasse da guerra. Este nigeriano viveu nos Estados Unidos e hoje é a sensação do mundo da super-computação.
Ele tem sido chamado de "Bill Gates da África". Seus antigos colegas do Christ the King College, em Onitsha, lembram-se dele como "Cálculo". Emeagwali detém inúmeros recordes: processamento mais rápido do mundo com 3.1 biliões de cálculos por segundo, recorde mundial por resolver as maiores equações diferenciais parciais com 8 milhões de grid points; recorde mundial por resolver as maiores equações de previsão de tempo com 128 milhões de grid points; recorde mundial por um inédito modelo de aceleração de computação paralela; descoberta do paradoxo contra-intuitivo do hipercubo; formulação da teoria de modelos de mosaicos para computação paralela; descoberta da quiralidade, dualidade, helicidade, etc.
Para listar todas as façanhas de Emeagwali precisaríamos de muito mais páginas. Afinal, esse tem recebido os mais importantes prêmios no seu campo de conhecimento, mas diz que o mundo ainda não viu nada. Mesmo porque " a ciência e a tecnologia são presentes antigos da África para o mundo moderno".
Referência Bibliográfica:
- EMEAGWALI, Philip. THE TRUTH ABOUT GLOBALIZATION. In: http://emeagwali.com/speeches/globalization/the-truth-about-globalization/The-Truth-About-Globalization.pdf